Continuando a nossa análise no mundo pós pandemia, podemos verificar os seguintes eventos com impactos geopolíticos:
a) países com tendências populista e nacionalista poderão dar superpoderes aos líderes desses governos, a exemplo da Hungria;
b) a Europa está ficando dividida com um cabo de guerra entre Alemanha, Holanda e Áustria de um lado e França, Espanha e Itália de outro, sobre a necessidade de se elevar os gastos e empréstimos do bloco europeu para fazer frente a crise da pandemia;
c) os EUA se isolando no mundo com políticas do tipo "farinha pouca, o meu pirão primeiro", e perdendo a liderança mundial onde poderia ser o grande protagonista como aquele que seria a esperança de ajuda global (apesar do anúncio de ajuda financeira a alguns países). Recentemente houve ameaça de cortar verbas para a OMS. Isso abre, mais uma vez, espaço para a China que está tentando ocupar, por meio de doações de material para alguns países europeus, e com exportações de materiais de proteção individual de saúde para o mundo;
d) Rússia realizando apoio aos países europeus que a consideram uma ameaça ao continente, e com isso tenta amenizar essa sensação. Além disso, tenta ajudar os EUA com o intuito de melhorar a percepção da população norte-americana sobre ela;
e) movimentos populares em busca de melhores condições de vida e contra desigualdades sociais arrefeceram e alguns líderes desses países melhoraram a aprovação popular, como o Chile. Porém, não se sabe ao certo se após a pandemia tais movimentos voltarão a se proliferar com o mesmo vigor.
Dentro desse cenário, podemos resumir em que a Europa e o EUA estão perdendo protagonismo durante a pandemia. China e Rússia estão sendo, por enquanto, os protagonistas geopolíticos.
Neste sentido, esses dados são importantes para continuarmos a nossa análise da última postagem sobre o tema.
Seguem alguns vídeos sobre o assunto (alguns podem ter legendas inseridas):
O que você acha? Qual cenário é o mais provável? Você vislumbra outro?
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