top of page

Nova realidade: A competição entre as grandes potências é prioridade sobre o combate ao terrorismo.


Figura disponível em: https://wwwassets.rand.org/content/rand/blog/2019/02/the-need-to-think-more-clearly-about-great-power-competition/jcr:content/par/teaser.aspectfit.0x1200.jpg/1551222588985.jpg

Depois de quase duas décadas em que a prioridade da agenda mundial era o combate ao terrorismo global, a competição entre as grandes potências, notadamente EUA, China e Rússia, tem sido destaque em noticiários, debates e em políticas geopolíticas agressivas dessas partes. Alguns exemplos ilustrativos seriam a guerra tarifária entre China e EUA, guerra cibernética, disputa pela hegemonia da tecnologia 5G, além de outros temas. Tal competição tem se acirrado na pandemia.

Ao analisarmos atentamente o cenário internacional, de 2018 até os dias atuais, podemos chegar a algumas conclusões de como a competição entre as grandes potências tem gerado uma nova guerra fria, só que com quadros táticos distintos, onde os EUA competem com a China e com a Rússia (tais países desejam reafirmar sua influência regional e mundial), mas por enquanto não se vê uma grande competição entre os governos chinês e russo, apesar da desconfiança entre eles.

Alguns objetivos da Rússia e China são bem claros: retirar alguns aliados dos EUA (um exemplo notório foi o caso da Turquia, em que a Rússia conseguiu abalar a aliança daquele país com os EUA durante a guerra na Síria), enfraquecer o Ocidente, preencher o espaço no cenário internacional deixado pelos EUA em sua política isolacionista, e afastar a influência dos EUA nos seus entornos estratégicos.

Atento a isso, os EUA em sua estratégia nacional de segurança, aponta essa competição e ameaça como uma das suas grandes prioridades, documento disponível em: https://www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2017/12/NSS-Final-12-18-2017-0905.pdf .

O blog acredita que haja uma espécie de acordo geopolítico entre China e Rússia, e claro, também, com outros menores competidores como o Irã, com o intuito de cada vez mais diminuir a preponderância dos EUA no mundo e em suas áreas de influência. Isso fica evidente no caso da Venezuela, exercícios navais entre China, Rússia e Irã, guerra na Síria e outros exemplos que foram postados no blog.

O período atual possui os ingredientes para a "tempestade geopolítica perfeita", devido a Europa, que é muito importante geopoliticamente, estar ficando dividida e enfraquecida no atual período da pandemia (desgaste entre os países da União Européia, ascensão de líderes autoritários ao poder, OTAN enfraquecida etc), além de se sentir ameaçada pela Rússia, bem como estar ficando dependente do comércio com a China e no meio da disputa 5G entre EUA e China, além de outros problemas geopolíticos discutidos no blog, como: o problema venezuelano, tensão na área Indo-Pacífico, crise no Oriente Médio, nova corrida armamentista, dentre outras.

Nesse sentido, é esperada uma política estadunidense mais agressiva contra os seus principais rivais perto das eleições deste ano.

Neste cenário, ratificamos a nossa opinião do mundo sem liderança geopolítica mundial e regional, e que a ordem global está em transição, o que nos leva a um mundo imprevisível e menos seguro.

Sendo assim, a nossa indagação é: qual o será o limite dos EUA e a sua resposta aos constantes desafios e perdas de influência geopolítica nessa competição entre as grandes potências?

Seguem alguns vídeos para análise do tema (legendas podem ser inseridas):









Qual a sua opinião? Qual o impacto dessa competição na América do Sul e para o Brasil? Rússia e China têm obtido sucesso?

Comments


bottom of page