O presidente Donald Trump anunciou recentemente que realizará uma redução de 9.500 componentes (civis e militares) da estrutura militar dos EUA que estão na Alemanha, passando dos 34.500 para cerca de 25.000. Tal assunto não foi tratado formalmente com o governo alemão, sendo uma decisão unilateral até o momento.
A redução de tropas no exterior era uma promessa de campanha de Trump quando concorreu as eleições presidenciais em 2016. Porém, algumas fontes revelam que trata-se do resultado dos antagonismos político, econômico e militar entre os governos estadunidense e alemão. Precisamos relembrar que o presidente dos EUA por ocasião do começo do seu mandato fez várias críticas aos países europeus que investiam pouco nas suas forças armadas, e consequentemente na OTAN, pois os EUA eram o grande garantidor da defesa desse continente contra as principais ameaças externas, e "incentivou"a todos os governos da aliança que elevassem os gastos de defesa para cerca de 2% dos seus PIB. A maioria elevou os gastos, mas a Alemanha resiste em aumentar e a chegar a esse patamar, estando atualmente em 1,24%. Entretanto, esse país planeja incrementar os seus gastos de defesa para 1,5% até 2021. Sendo assim, a intenção de Trump seria uma forma de "punição"à Alemanha, pois ele vem pressionando a premiê Angela Merkel a aumentar os gastos militares, acusando-a de não fazer isso por ser dependente energeticamente da Rússia (petróleo e gás), pois ele acredita que governo alemão tem receio de que o aumento em sua militarização possa afetar a relação russo-alemã.
Pelo tamanho do país, força econômica e situação geográfica da Alemanha, as forças armadas desse país não estão a altura de sua importância mundial, com certos setores em condições precárias de prontidão, com isso a diminuição das tropas dos EUA será realmente um "tapa"no governo alemão.
Porém, existe uma corrente que alega que tal diminuição já estava programada, e que as tropas poderiam ser utilizadas em outras localidades como a Polônia, outros países aliados, bem como poderiam retornar ao solo estadunidense.
Cabe ressaltar que as eleições estadunidenses se aproximam, e isso poderá ser um movimento de campanha de Trump.
Apesar da redução dos custos referentes a manutenção de sua tropa, com a realização de rodízio de pessoal, manutenção de equipamentos, dentre outras despesas, convém analisar que a Alemanha servia como um "hub"para o governo dos EUA enviar as suas tropas para outras partes do globo com maior rapidez, além de servir como deterrência à ameaça russa contra os aliados europeus.
Em que pese a capacidade dos EUA em dispor as suas tropas em qualquer lugar, a viabilidade desse pensamento é mais factível para os meios da Força Aérea, e o mesmo não pode ser dito no tocante as tropas de terra, bem como aos meios navais que dependem de outros fatores.
Neste cenário, o maior privilegiado será a Rússia que poderá se sentir mais a vontade para atingir os seus objetivos geopolíticos na região, notadamente nas regiões do Báltico e do Mar Negro, o que poderá fortalecer o governo de Putin, e que com certeza acirrará as tensões dos países europeus com a Rússia. Ademais, acreditamos que haverá um maior distanciamento dos EUA em relação a Europa. Sendo assim, alguns analistas consideram que a decisão de Trump, caso se concretize, será um grande erro geopolítico.
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Seguem alguns vídeos para análise do tema:
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