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A instabilidade política na América do Sul na período pré-pandemia. Como será no pós-pandemia?


Figura disponível em: https://m.dw.com/image/50996006_101.jpg

Vários países da América do Sul começaram a mudar seus governos de viés à esquerda para à direita. Isso pode ser percebido desde 2013, com o início da esquerda perdendo força no continente.

Essa transição de viés político muito se deveu, em parte, ao grande desgaste sofrido pelos líderes e partidos de esquerda que permaneceram muito tempo no poder e que foram envolvidos em casos de corrupção, bem como por políticas equivocadas que prejudicaram a situação econômica dos países, com o intuito de permanecerem no poder, aumentando o desemprego, deteriorando a economia e piorando a qualidade de vida dos cidadãos.

Podemos ver essa tendência de troca de visões de espectro político (de visão progressista a uma visão conservadora) não somente no nosso continente, mas também em outras partes do mundo.

Alguns governos por meio de políticas de ajuste fiscal, com o intuito de sanear as contas públicas, bem como de recuperar o crescimento econômico (que estavam enfrentando também o problema da queda dos preços das commodities) geraram uma insatisfação em parte de suas populações, no continente já combalido.

Neste cenário, tem origem os protestos anti-austeridade sul-americanos, com o intuito de reivindicar melhores serviços sociais e melhor distribuição de renda, além de outras pautas. Esses protestos foram potencializados pela desigualdade social (latente no continente) e pela guerra ideológica em alguns países. Podemos exemplificar em eventos ocorridos no Chile, Equador, Peru, Argentina, Colômbia e Uruguai, e cujos protestos atingiram os maiores níveis em 2019. Além disso, outros passaram por turbulências políticas como o Paraguai e o Brasil, e a Venezuela vem enfrentando um caos diário.

Ao olharmos ao redor do mundo, percebemos também que têm havido protestos político-sociais na Europa (os coletes amarelos na França, BREXIT no Reino Unido, Espanha etc), nos países muçulmanos que foram atingidos pela "Primavera Árabe", no Líbano, em Hong Kong, e em outros lugares, mostrando que trata-se de um fenômeno global, desde 2010. Sendo considerado por alguns como a década do " #basta! " ou a década dos protestos.

Com o advento da pandemia do coronavírus, os movimentos perdem força, mas as seguintes perguntas ficam: os protestos voltarão? voltarão com mais força? os governos estão se preparando com políticas adequadas para o período pós-pandemia?

Seguem alguns vídeos para podermos fazer as nossas análises:





Qual a sua opinião? Os movimentos têm causas comuns em nível global? Que impactos desses movimentos nos países vizinhos poderiam ter no Brasil? Você acha que a próxima década será tão intensa no tocante a protestos quanto a passada?

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